22 de abril de 2007

Testemunhos na PRIMEIRA PESSOA

Espaço destinado a todos quantos queiram deixar, utilizando o COMENTÁRIO como forma, um TESTEMUNHO pessoal.

36 comentários:

Anónimo disse...

Sou uma pessoa atenta.
Gosto mais de observar do que me expressar.
Gosto de analisar as situações e opinar sobre o que me parece bem e sobre o que me parece menos bem... Infelizmente também é necessário, actualmente, ver e, geralmente, "engolir" as situações que estão francamente mal.
E vejo tantas nos dias que correm...
Vejo uma sociedade tornar-se escrava de leis aplicadas em prol da regulação da economia, imposta pela conjuntura da globalização desmedida em que vivemos.
Vejo um governo que está a dividir o país em duas áreas geográficas principais: o litoral e o interior. A primeira com as primazias e as oportunidades todas. A segunda a ficar cada vez mais deserta e esta desertificação a ser ajudada pela mão do próprio governo.
Vejo os mais desfavorecidos cada vez mais apartados e os (poucos) que já têm muito cada vez com mais oportunidades.
Senão vejamos: fecham-se escolas; fecham-se centros de saúde. Concentram-se estas duas áreas importantes de subsistência das populações em grandes centros urbanos, já superlotados e sem condições de resposta...
Não compreendo, enfim, o que simbolizou o 25 de Abril de 1974 para esses senhores que se sentam nas poltronas do poder...
Mas o que me aqui traz é mais uma (des)ordem que me afecta pessoalmente e perante a qual não posso deixar de expressar o meu profundo desagrado.
Trabalho há vários anos em cooperação com as escolas deste agrupamento "Horizontes do Este". Alguns anos lectivos mais ligado, outros menos... Mas acompanho tudo o que lá se faz através da parceria entre o Externato Infante D. Henrique e as Escolas do 1º ciclo e da educação pré-escolar que o compõem.
QUALIDADE, TRABALHO, DEDICAÇÃO, ENVOLVIMENTO, são alguns dos adjectivos com que me apraz apelidar todo o trabalho que por lá se faz.
E agora a medalha do mérito (tão pretendido por este governo) obtido será a extinção deste agrupamento?!?
Bem que eu gostava de perceber... Mas por muito que opine sobre isto, não consigo..."

Anónimo disse...

“Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos”

Partindo deste princípio é impossível compreender a situação com que nos confrontamos neste momento. Buscam-se justificações, dados que nos façam minorar a indignação e a revolta interior que nos assola mas não se encontram…Será, simplesmente, porque não existem?
O meu testemunho quer apenas servir o futuro, um futuro que a mim já pertenceu e que pertencerá a todos que, tal como eu, quiseram exercer o seu direito à educação num ambiente de qualidade, responsabilidade, de olhos postos na inovação e na capacidade de formar cidadãos competentes e elucidados.
Foram 8 os anos que passei no Externato Infante D.Henrique e agora, aluna do Ensino Superior, olho para trás com a firme convicção que devo a ela toda a minha capacidade de perspectivar um percurso de trabalho e sucesso que me marcaram e marcam ainda agora nesta nova fase da minha vida.
Quais os critérios? Quais as verdadeiras razões? Quais os fundamentos? Serão eles plausíveis? Estarão eles verdadeiramente a proteger os alunos e os pais? Estarão eles de olhos postos na qualidade ou será uma questão meramente política de convicções teimosas?
Parece-me de uma injustiça atroz que não se investigue, que não se observe e que nem se procure testemunhar todo o trabalho que a instituição tem posto em prática: empenhada constantemente no melhoramento dos serviços que presta, preocupada com todos os alunos que nela decidem ingressar e principalmente incansável no seu papel social em toda a comunidade educativa.
Falo da “minha escola” com o maior carinho, carinho esse que fez parte da minha vida nos anos mais marcantes e mais decisivos do meu caminho (não só académico mas também enquanto ser humano agora mais capaz e mais ciente do seu papel na sociedade). Encontramos nela uma família, um sentimento de união e de sacrifício que acredito ter sido decisivo em todo o processo de crescimento e maturação – um todo maior que a soma das partes.
Não encontro (nem agora a frequentar a faculdade) e julgo que não encontrarei em qualquer outra instituição de ensino condições sequer semelhantes às que me foram disponibilizadas ao longo desses 8 anos, facto que por si só devia ser uma mais valia que infelizmente nem lhe é reconhecida. Para além disso, sinto-me na obrigação de ressalvar os recursos humanos: os professores (que agora parecem-me ser alvo de uma “perseguição” com uma inerente desvalorização da classe) sempre disponíveis e interessados e todos os auxiliares de acção educativa que, cada um no seu papel, constroem e moldam uma escola melhor, mais apta e mais apelativa.
Como explicar a um pai que o seu filho não pode frequentar uma escola melhor (sim, na sua essência melhor em todos os sentidos)?
Afinal não lhe está reconhecido o direito de por si discernir e optar pelo melhor para a educação do seu educando?
Passando a citar João César das Neves, “a educação não gera o desenvolvimento. Só a boa educação o faz. A má, aqui como em tudo, é apenas um desperdício de tempo e recursos. A principal diferença entre a boa e a má educação é o bom senso”.


Adriana Margarida Lages
Ex-aluna do Externato Infante D.Henrique

Anónimo disse...

Em defesa de um projecto educativo de qualidade.

"Quem semeia ventos, colhe tempestades."
(Sabedoria Popular)

Tenho reflectido muito sobre a intenção que o Ministério da Educação tem de encerrar o Agrupamento Horizontes do Este.
Pensei manifestar a minha revolta, denunciar, fazer tudo o que permitisse demover esta intenção por parte dos responsáveis (políticos) do Ministério da Educação.
Optei por estar atento, pensar em todo o contexto que se está a criar e... ter fé e esperança no bom senso de quem decide com saber, baseando-se no conhecimento das realidades, avaliando trabalhos conseguidos.
Começo a ter dúvidas porque esta decisão (sem argumentos justificativos) não assenta em critérios positivos do trabalho realizado e dos resultados obtidos.
Para minha tristeza, parece assentar em posições políticas relacionadas com o não tolerar, o ter de anular estrategicamente, mesmo que esse projecto seja positivo.
Através de contactos, tento cruzar a informação recolhida e pasmo perante a incoerência e falta de coragem de quem decide sobre esta matéria.
Não apresentam razões lógicas, esquivam-se a discutir as decisões e escudam-se num secretismo suportado por tácticas de informação/contra informação muito utilizadas nas lides políticas.
Verificamos um crescente "fel" contra o Ensino Particular e Cooperativo e todos se desculpam como sendo imposições das estruturas superiores do Ministério da Educação e estas quando questionadas dizem "nada saber" e " é impossível uma situação destas...".
Basta!
Estes políticos desconhecem o trabalho realizado em prol da educação nas regiões rurais (vejamos o verdadeiro trabalho de articulação pedagógica entre o Agrupamento Horizontes do Este e o Externato Infante D. Henrique) bem como desprezam o trabalho realizado por uma Instituição que desenvolve, faz várias décadas, um trabalho pedagógico e social de verdadeira utilidade pública.
Mentem a esta região e às suas populações.
Uma região com uma história própria que tem nos seus descendentes “cidadãos valorizados”, intervenientes na sociedade que viveram e vivem a Escola, como sua casa e a querem para os seus filhos e os seus netos.
Pergunto:
Qual será a razão para que o Agrupamento seja tão reconhecido e acarinhado?
Qual a razão para que o Externato Infante D. Henrique seja tão distinguido e procurado?
Certamente, ambos, têm desenvolvido muito trabalho e têm valor.
Faço um apelo à luta pela justiça!
Apelo a todos os que vivem esta realidade: professores, funcionários, alunos, encarregados de educação e antigos alunos (vós que sois o exemplo do sucesso educativo da nossa Escola actualmente inseridos nos vários quadrantes da sociedade) para nos unirmos e resistirmos a esta tentativa ideológica para destruir verdadeiros projectos pedagógicos de sucesso.
Revivo os meus vinte e sete anos de trabalho nesta Instituição (tal como alguns dos meus colegas já o fizeram) …os muitos jovens com quem trabalhei… os projectos desenvolvidos… os sucessos… as lutas… as canseiras… mas todos os que vivemos esta realidade bem conhecemos a história vivida, pois este território é aberto e partilhado por toda a comunidade educativa através dos tempos.
Quem não conhece e nem quer conhecer é quem julga decidir com um mero acto administrativo.
Venham cá! Vejam o trabalho! Decidam depois.
O Agrupamento Horizontes do Este e o Externato Infante D. Henrique têm como objectivo principal os seus alunos, um bem precioso de seus pais e da nossa nação.
Quanto aos pais, tenho a certeza que não se calam perante a incompetência e a injustiça pois têm o direito que lhes assiste de escolherem o melhor para os seus filhos, nem se vergam perante decisões unilaterais com acentuada influência política.
Estou aqui para tudo e sei que não estarei sozinho.
Quando se decide por razões emergentes e não se governa de acordo com o interesse público criam-se sentimentos de profunda injustiça e quebram-se expectativas.
Quando assim é, ninguém duvidará: “Quem semeia ventos … colhe tempestades...”

José Manuel Lages
(Professor do Externato Infante D. Henrique)

Anónimo disse...

paradoxo [óks ]
substantivo masculino
1.
afirmação contraditória que desafia a lógica e o senso comum;
2.
(...)
3.
situação que vai contra o senso comum e a lógica; absurdo;
4.
coisa incrível;
5.
opinião contrária ao sentir comum;

(Do gr. parádoxon, «opinião ao lado de outra», pelo lat. paradoxon, «paradoxo»)

In Dicionário da Língua Portuguesa On Line - Porto Editora

1.
Tristeza, indignação e revolta são os sentimentos que me assolam quando sou confrontado com um processo de possível extinção do Agrupamento Horizontal de Escolas “Horizontes do Este”. E são várias as razões para este meu estado de espírito, para esta raiva que me consome e atormenta. Com efeito, quando o Agrupamento foi constituído e homologado superiormente em Maio de 2001, de imediato, em termos de concepção, dinâmicas implementadas, projecto educativo que o identificava, experiências e iniciativas pedagógicas desenvolvidas, metas previstas e resultados alcançados, assumiu-se como um caso único exemplar e paradigmático reconhecido e louvado pelas estruturas do Ministério da Educação / DREN e demais intervenientes da estrutura educativa.

2.
O aspecto paradigmático reside, à partida, na sua natureza intermunicipal, servindo um território educativo constituído pelas freguesias limítrofes, pobres, rurais, periféricas e isoladas de três municípios: Braga, Barcelos e V. N. de Famalicão. São elas as comunidades locais de Ruílhe, Cunha, Arentim, Tebosa, Sequeade, Bastuço S. João, Bastuço Sto. Estêvão, Cambeses e Nine.
Estas pequenas comunidades foram tecendo, ao longo dos séculos, laços de boa vizinhança e inter-relações sócio-económicas, culturais e afectivas, nunca se confinando ao risco fronteiriço ou ao marco de limite - por aqui sempre houve o hábito de os marcos desaparecerem ou serem roubados - da sua freguesia ou do concelho. O fortalecimento dos laços de vizinhança, solidariedade, partilha e outras vivências comunitárias são elementos de coesão e de identidade, princípio por demais evidenciado nos compêndios de Sociologia do Mundo Rural.
Outro aspecto significativo e notório na concepção do Projecto Educativo e no seu desenvolvimento está no facto de em torno dele e por causa dele envolverem-se, mobilizarem-se e co-responsabilizarem-se todos os actores e parceiros do desenvolvimento local e comunitário: autarcas - presidentes de câmaras municipais e presidentes de junta de freguesia - movimento associativo, instituições várias, empresas, associações de pais e encarregados de educação e cidadãos. E assim passámos a estar perante boas práticas e mecanismos que garantem e promovem a coesão social e a sustentabilidade territorial, em que os projectos educativos, pela sua envolvência, partilhados e abertos são alavanca e motor.
E neste aspecto não falo de cor, nem salteado. Sou professor há mais de 25 anos, exercendo sempre e também cargos e funções de dirigente associativo e autarca. Depois, conheço muito bem estas realidades, estes contextos, estas teias de relações, estas dinâmicas espaço-temporais, cumplicidades e afectividades que sempre se estabeleceram entre a Terra e a Gente. Sou geógrafo por formação académica. Conheço este território como as palmas das minhas mãos. Nasci por aqui e vivo por cá. Este sempre foi um território físico, humano e afectivo construído, vivido e partilhado por gente humilde, mas com um sentido de dignidade que nos orgulha. Dignidade e honra!

3.
E a partir daqui começamos a entrar no domínio do paradoxo e com o significado mais amplo do termo. No discurso político e oficial dos nossos governantes, somos sempre confrontados no domínio das ideias e dos princípios, da acção e da estratégia, para a necessidade de se garantir a coesão social, promover a sustentabilidade territorial, responsabilizar todos os actores e parceiros, estabelecer redes de parceria, potenciar recursos, criar sinergias, procurar a inovação e a qualidade, reconhecer o mérito e a excelência, e depois…depois, quando os projectos e as práticas estão no terreno, quando todo o trabalho foi feito com entusiasmo, criatividade, dedicação, profissionalismo e paixão, a propósito de aparentes razões economicistas e operacionais e numa perspectiva minimalista e redutora todo um projecto é desconchavado e destruído. Bastam duas ou três linhas e uma assinatura de um político prepotente e com tiques de autoritário para que todo um projecto e um trabalho com frutos deixe de existir, seja extinto, seja morto. Quando é para matar, mata-se tudo. Até a esperança! E a palavra ou a falta dela, no sentido de saber honrar compromissos, é o pior que está a acontecer à classe política e aos aprendizes de políticos, cada vez mais divorciados do Povo e das comunidades locais que tanto gostam de enaltecer em períodos eleitorais ou em brochuras de programas do governo. Continuam com o vício atávico de querer ver o país real por um canudo sentados em gabinetes de Lisboa ou Porto. E aqui estamos perante o paradoxo no absoluto. Contrariamente, este meu povo, estes meus amigos e companheiros, esta minha gente, é gente de palavra. Palavra de honra! Pode desconhecer a palavra paradoxo, mas sabe o que ela significa e representa.

4.
Quando há poucos anos o insuspeito e autorizado Professor Joaquim Azevedo, num lúcido artigo de opinião e a propósito do encerramento, muitas vezes feito às cegas, de Escolas do 1º ciclo no nordeste transmontano e no interior, denunciou que o “fecho de escolas isola e encerra aldeias”, tinha a plena consciência da importância da Escola no tecido comunitário e na sua revitalização. Neste contexto, o modelo e a arquitectura do Projecto Educativo deste Agrupamento, face à sua natureza intermunicipal, às suas dinâmicas devidamente testadas e evidenciadas, em vez de ser objecto de extinção e de uma morte anunciada, poderia e deveria servir de exemplo para as estruturas do Ministério da Educação o aplicarem em regiões do interior cada vez mais pobre, isolado e abandonado. Pobreza, isolamento e abandono a que as nossas comunidades também, e durante muito tempo, foram votadas. Em política, e na administração, saber copiar e implementar boas práticas, com resultados garantidos à partida numa lógica custo-benefício, é uma virtude. É uma oportunidade e uma forma ágil que jamais deverá ser desbaratada.

5.
A concretizar-se, e eu ainda não quero acreditar, porque sou teimoso, a extinção pura e simples do Agrupamento, tal facto tem subjacente, se não for esta a causa de interesses ocultos, o desaparecimento da área de influência pedagógica do Externato Infante D. Henrique/Alfacoop-Cooperativa de Ensino, estabelecimento de ensino particular e cooperativo com contrato de associação, com sede em Ruílhe, Braga.
A relação do Externato Infante D. Henrique com o Agrupamento de Escolas desenvolveu-se sempre com o espírito de parceria institucional, técnica e pedagógica, implementação de projectos e estratégias, disponibilização de recursos técnicos e humanos, traduzidos em domínios como a articulação pedagógica vertical, a formação contínua de professores, actividades comemorativas conjuntas, trabalho cooperativo, protocolo de estágios profissionais, apoio logístico, etc.
De imediato, e como sempre, fomos pioneiros, através de um protocolo com o Agrupamento, seguindo o princípio e o desafio posteriormente lançado pela senhora Ministra da Educação da “necessidade de serem estabelecidas parcerias público-privadas entre estabelecimentos de ensino e empresas”. Mais. Toda a configuração actual da estrutura curricular das escolas do 1º ciclo foi, antecipadamente, testada por nós no território educativo deste Agrupamento e área de influência desta escola.
O Externato Infante D. Henrique é uma instituição educativa, formativa e cultural que há mais de 30 anos tem servido estas comunidades numa verdadeira missão de serviço público de acordo com princípios constitucionais e toda a legislação daí derivada. Fomos durante anos e anos a única alternativa para que os filhos destas terras pudessem aceder e beneficiar da educação e ensino. Demos educação e ensino a pais, a filhos e já vamos com os netos. Somos uma escola de gerações. Temos um passado que nos honra e orgulha. Somos um parceiro e um actor activo e dinâmico, fundamental e estruturante no desenvolvimento destas comunidades. O nosso património educativo já há muito que foi assumido e é pertença das mesmas comunidades.
Ao longo da nossa história, o Poder, leia-se o Estado, nunca nos deu sossego. Várias vezes tentaram, de forma maquiavélica, encerrar esta escola. Jamais o conseguiram. Porque desde muito jovens fomos forjados pela luta na defesa dos nossos princípios e valores e interesses das populações que servimos. Porque não abdicamos de um Projecto Educativo, formativo e sócio-cultural sempre novo e actual. Porque nos custa acreditar que alguns dirigentes políticos, em momentos de trabalho de investigação científica e académica, defendam convictamente que independentemente da natureza jurídica de uma instituição, neste caso uma escola, o que está em causa é a sua missão, o seu serviço, a importância e o alcance da mesma no contributo para o desenvolvimento e bem-estar das populações e comunidades, sendo portanto instituições públicas que prestam um serviço público. E tem sempre sido um serviço público que temos oferecido. Mas estes mesmos académicos quando estão no poder, apesar de defenderem o princípio de “menos Estado, melhor Estado” são cultores de um regime estatizante, com laivos de pseudo-republicanismo e de outros interesses mais ocultos. Se o pretexto é a defesa e valorização da Escola Pública/Estatal, tal não poderá ser feito à custa da Escola não estatal, porque esta também é Pública.
Por nossa parte estamos atentos e vigilantes. Nesta Escola continua a haver gente que ainda sabe passar noites em claro, quando a Escola é ameaçada. Nestas terras ainda se sabe tocar e ouvir os sinos…a rebate. Depende só da direcção do vento!
De resto, não estamos sós. Basta-nos um simples gesto ou um cúmplice piscar de olho. Quem defenderá esta Escola é o Povo, porque esta Escola foi sempre dele.


Manuel Augusto Martins de Araújo
Professor do Externato Infante D. Henrique
Dirigente Associativo e Autarca

Anónimo disse...

Pelo que tenho lido no vosso blog sou estou à espera de ouvir o sino a tocar a rebate!!!...
Na hora certa aparecerei a terreiro para defender esta causa e pedir contas aos nossos políticos "autistas" e culpá-los de não ouvir os pais (dos filhos que frequentam este agrupamento).
Não há desculpa para a incompetência!!!

Anónimo disse...

Fui aluno do Externato Infante D. Henrique.
Também sou dirigente associativo e autarca. Estou muito atento e vigilante. Se não fosse a Escola de Ruílhe e os seus projectos e dinâmicas locais estas comunidades estariam iguais ou piores que o interior abandonado e isolado do país.
Será que os políticos ainda continuam a pensar que o país real é Lisboa e o Terreiro do Paço ou a 5 Outubro? O resto já não é só paisagem. É gente que merece ser respeitada.
Mobilize-se toda a comunidade educativa e as populações da área de influência da Escola incluindo os milhares de antigos alunos para defender esta causa comum.
Podem contar comigo.
Albano Sousa - Cunha

Anónimo disse...

Parabéns por esta excelente reflexão. Contem connosco. Estamos atentos e prontos para actuar.

Anónimo disse...

Como antigo aluno, membro da Associação de Antigos Alunos e funcionário do Externato Infante D. Henrique, não posso deixar de manifestar a minha indignção face à intenção do Ministério da Educação de extinguir o Agrupamento Horizontes do Este. De facto, a nossa escola tem uma excelente cooperação com o agrupamento, formando todos uma autêntica comunidade educativa. Não se entende, pois, que o ministério assuma uma atitude puramente economicista e irracional adoptando uma política de gabinete que em nada se assemelha com a "liberdade de aprender e ensinar" (art. 43º da Constituição Portuguesa).
Não permitamos que a NOSSA ESCOLA perca a sua identidade devido a incongruências de quem governa.
Vamos à luta!

João

Anónimo disse...

Acredito porque é o que sinto, a nossa ESCOLA é do Povo, é dele desde o primeiro dia… acredito, enquanto houver Povo… Gente que sente verdadeiramente a sua Terra, porque é desta Terra que somos feitos, acredito profundamente, que não será fácil, a esta Gente… a este Povo, arrancar-lhe o Coração…

Há um trabalho, uma construção, uma educação, uma formação, um desenvolvimento, notável e único, feito e construído, por vezes, numa luta desigual, que só foi possível, porque este Povo, esta Gente…todos juntamos as mãos, mas parece que não é suficiente…

Batam-se os sinos por este Vale do Este até ao horizonte. Juntemos as mãos ainda com mais garra e energia, talvez seja este o verdadeiro momento, de saber e descobrir, a força e verdadeira dimensão da Gente… do Povo desta Terra.

Estive, estou e quero estar aqui. Não será a primeira vez que passarei as noites em claro…porque faço parte do Povo, porque há injustiça, até sinto, que desta vez, a passagem das noites em claro, será ainda mais fácil…

Podem contar comigo.
Rui Leite

Anónimo disse...

Sou economista por formação e professora por vocação e não por falta de alternativas. Há 20 anos que exerço a profissão docente no Externato Infante D. Henrique. Nunca concorri para as escolas públicas (estatais) porque sempre acreditei no papel missionário dos professores e estou convencida que posso desempenhar melhor esse papel naquela que considero ser a MINHA (NOSSA) escola e dos MEUS (NOSSOS) alunos.
Podem contar comigo

Anónimo disse...

Sou professora, nesta escola, exercendo esta missão por vocação e amor.
Tenho contribuindo com muito empenho e prazer para a formação integral de muitos alunos desta escola. Somos um grupo de professores que prima pela exigência e qualidade de ensino e que tem prestado e presta um serviço de ensino exemplar com boas práticas educativas.
Há três anos fui colocada na Escola Oficial, recusei, optando por ficar nesta escola, Externato Infante D. Henrique. Por quê? Porque é nesta escola que me realizo como pessoa e como docente.
No dia 14 deste mês, mais uma vez, fui abordada por uma Encarregada de Educação cuja filha terminara o 12.º ano 2005/2006, nesta escola, dizendo-me, orgulhosa, que foi devido aos professores desta escola que a sua educanda se adaptou facilmente à Universidade e que não notou grandes diferenças entre os trabalhos realizados agora com os que fazia no ensino secundário e que relativamente às suas colegas ela estava muito bem preparada e que isso o devia aos seus professores. Este é apenas um exemplo de muitos.
Por isso, caro Colega, Manuel Augusto, estou contigo, estamos a defender e a lutar pela “Nossa Escola”, lutemos para que muitos Pais/Encarregados de Educação continuem a abordar-nos com um sorriso de confiança e gratidão no rosto e que continuem a sentir orgulho dos seus filhos, pois a nossa Escola, Agrupamento de Escolas Horizontes do Este, tem-nos formado não só como alunos, mas também como “Pessoas”, preparando-os para o futuro.
Por conseguinte, não deixemos que os senhores de gabinete possam destruir um trabalho realizado com provas dadas e já apresentadas, façamos ouvir a nossa voz para que esses senhores saibam, concretamente, o que, possivelmente, pretendem extinguir, porque eles, de facto, não sabem! Ou sabem?
Efectivamente, nós queremos continuar a exercer, nesta escola, esta missão tão nobre que é educar / ensinar …!

Teresa Pinto

Anónimo disse...

Tendo conhecimento das intenções do M E, sobre a extinção do A E H do Este, venho solidarizar-me com toda a comunidade educativa da Escola de Ruilhe e com as populações das Freguesias que constituem este território educativo, designadamente a população de Cunha, certo de que com esta decisão estas populações são manifestamente prejudicadas.
Deste modo podem contar comigo, Presidente da Junta de Freguesia de Cunha, para ajudar e contribuir na manutenção do Agrupamento Horizontes do Este e do projecto educativo existente.
Joaquim de Faria Gomes
Presidente da Junta F de Cunha

Anónimo disse...

Será apenas um sonho….

Procuro de pensamento em pensamento encontrar a razão ou razões que possam explicar a intenção da Ministra da Educação na extinção do Agrupamento Horizontes do Este.
Como se explica que, medidas como definir o território pedagógico e anos mais tarde criar o Agrupamento dos Horizontes do Este fossem soluções ideais, conducentes a um maior sucesso dos alunos e hoje já não o são?
Acreditámos nessa solução, reforçámos parcerias já existentes, estabelecemos outras, com projectos inovadores, experiências pedagógicas diversificadas, numa estreita união de esforços conseguimos hoje um produto final a todos os títulos, exemplar.
Esta fórmula de sucesso está agora, volvidos seis anos, a ser posta em causa, quando todos os que dela participam activamente e dela usufruem não encontram aspectos negativos. Este trabalho contínuo de cooperação entre freguesias essencialmente rurais de três municípios, é realizado com as crianças e os alunos desde a pré-escolar até à Universidade.
Entre os alunos, a família e a Escola estabelecem-se laços muito fortes que passam de geração em geração.Com alguns desses alunos o contacto continua /recomeça depois da própria universidade. Digo e afirmo por experiência própria, sou professora nesta escola há 27 anos e trabalho com um número significativos de professores que foram nossos alunos. Neles vejo pessoas dinâmicas, competentes, abertas à inovação de modo a formarem cidadãos preparados para o futuro. Outros encontro-os nos diferentes sectores da vida activa, desempenhando com sucesso o seu trabalho. De todos eles me orgulho, por todos ele eu continuo nesta magnífica tarefa, que é a de ensinar.
Quero acreditar que tudo isto não possa ser posto em causa, que ninguém conseguirá ficar indiferente perante o trabalho realizado nesta escola e nas escolas do "nosso" agrupamento. É também esta mesma escola que escolhi para a minha filha, hoje aluna da universidade. Como encarregada de educação acompanhei de perto o trabalho competente de todos os intervenientes no processo evolutivo da minha educanda. A todos agradeço o terem também contribuído, para que hoje seja uma pessoa responsável nas suas tarefas e marcada por um rigoroso sentido de justiça.
Justiça essa que ela foi preparada para ver nas decisões dos governantes do meu país.
Eu acredito…
Afinal, era mesmo um sonho.

Professora do Externato Infante D. Henrique
Margarida de Sousa Lages

Anónimo disse...

Estou no Canadá há anos mas, apesar da distância, mando-vos um abraço fraterno.
A escola de ruílhe não deve encerrar. Querem fechar a Alfacoop mas eu não posso estar de acordo.
A Alfacoop é a melhor escola do mundo para mim e para os meu queridos filhos que por lá andaram.
Tenho saudades de esperar pelo autocarro da Alfacoop e pegar nas mochilas dos meus filhos.
Força Alfacoop.

Anónimo disse...

A propósito do paradoxo...
Manel, tens toda a autoridade e legitimidade moral e intelectual para dizeres o que disseste na tua brilhante e oportuna análise. No fundo ou neste caso à superfície o que está em causa é a tua escola- Externato Infante D Henrique-escola onde os meus filhos estudam e que corre o risco de morrer por asfixia, por causa dos politicos que desconhecem ou querm desconhecer o trabalho de qualidade que se faz nessa escola.
Vamos para a estrada, pá!
Um amigo e um pai de NINE.

Anónimo disse...

A propósito do paradoxo...
Manel, tens toda a autoridade e legitimidade moral e intelectual para dizeres o que disseste na tua brilhante e oportuna análise. No fundo ou neste caso à superfície o que está em causa é a tua escola- Externato Infante D Henrique-escola onde os meus filhos estudam e que corre o risco de morrer por asfixia, por causa dos politicos que desconhecem ou querm desconhecer o trabalho de qualidade que se faz nessa escola.
Vamos para a estrada, pá!
Um amigo e um pai de NINE.

Anónimo disse...

OLá, professores e funcionários da minha Escola- Externato Infante . Henrique:
Estou em Coimbra,mas estou atento.Vou para aí a qualquer momento. Somos milhares de ex-alunos e eu ainda sinto que estou aí.Força e coragem. Vamos todos para a luta!Pai, descansa um bocado e ouve o Zeca Afonso ou o Zé Mario Branco...aquela do «Quando o mês de Maio a aqui chegou...
Zé Manel Martins de Araujo

Anónimo disse...

Temos, ainda, laivos de esperança que não seja possível a extinção do "Agrupamento Horizontes do Este" apesar de todas as evidências assim o indicarem...
Acreditamos na sua continuidade porque sonhamos com uma liberdade de educação, de ensino...
Acreditamos porque nos temos empenhado de forma dedicada, profissional e séria a um território educativo que deitamos sementes, criamos raízes, colhemos sonhos que agora se esboroam...
Deixem-nos, senhores políticos!Deixem-nos sonhar e trabalhar na senda do ENSINAR A SER e ENSINAR A APRENDER aos jovens deste meio que tanto gostamos.
Uma Professora do Ext. Infante.D.Henrique

Anónimo disse...

Não posso,não quero e não devo acreditar que tal possa acontecer.
se tiver que lutar então lutarei, seja de que maneira for.
O que sou hoje devo-o em parte ao Externato Infante D.Henrique, pois estudei lá desde o 7º ano ao 12º, onde trabalho actualmente já lá vão 18 aninhos, por isso não posso,não quero ,nem devo acreditar no que se diz por aí.
Fecharesta escola é como me tirar algum familar,pois ela já faz parte da minha familia,porque lá cresci,vivi e ainda vivo.
Todos quantos por lá passaram,(professores,alunos,funcionários, etc) sabem muito bem a qualidade da mesma. É de fazer inveja a muita gente é certo, mas é do melhor que temos no país.
Vamos dar as mãos e gritar bem alto...ALFACOOP SEMPRE.

Anónimo disse...

Apesar da angústia que todos sentimos neste momento pela situação em si e pela perspectiva de perdermos algo pelo qual temos lutado ao longo de vários anos, continuo optimista e a acreditar que NÓS,Direcção Pedagógica do Externato Infante D. Henrique , professores empenhados e bons profissionais, pais, alunos e demais comunidade educativa, não permitiremos que um projecto de interacção pedagógica exemplar como o nosso desapareça. Tudo faremos, mesmo nos piores cenários, para manter esta união, esta partilha e talvez consigamos provar, no futuro, o erro que alguns estão a cometer no presente.

Anónimo disse...

Apesar de agora frequentar outra instituição de ensino, o Externato é e será sempre "a minha escola", pois foi esta a única "verdadeira" que encontrei ao longo da minha vida de estudante onde já tive muitos professores, mas são apenas os do externato que considero "meus professores". É a eles que hoje devo o meu sucesso escolar e a quem ainda recorro quando necessito.
Foi esta a única escola em que encontrei professores que me fizeram sentir "alguém" e não apenas um número afixado na pauta no final de cada período.
Passaram três anos desde que deixei de estudar no externato mas ainda hoje me sinto membro desta comunidade educativa.
Sinto-me feliz e com sorte por ter tido oportunidade de frequentar uma escola como esta.
É indignação o que sinto ao ver que o Ministério de Educação pretende impedir alunos de terem a mesma oportunidade que eu tive.
Termino com o apelo aos encarregados de educação que lutem pelo direito "de escolher o género de educação a dar aos filhos".

Anónimo disse...

Aquela velha casa…


Já lá vão muitos, muitos anos, que um conjunto de professores motivados pela ausência de escolas oficiais por perto, decidiram, em boa hora o fizeram, levar o saber às suas gentes.
Os nossos autocarros, primeiro velhinhos, deram um novo colorido às nossas aldeias.
As crianças esperavam-nos ansiosamente.
Eles transportavam a esperança.
O velho palacete rapidamente se tornou exíguo e foi crescendo pouco a pouco, tomando agora forma de escola, para abraçar o sonho de pais, alunos e professores.
Foram anos e anos de esforços contínuos que iam sendo recompensados por gerações formadas.
As nossas crianças voltaram um dia…já não para aprender…mas para ensinar.
Não permitam que o sonho que concretizámos passe a pesadelo…
Ouçam as vozes, eloquentes, das nossas gentes.
Não deixem morrer esta onda.
Respeitem este cais da sabedoria.

Regina Castro

Anónimo disse...

Estar atenta é estar prevenida.
Estou confiante que este marmoto vai ser asfixiado.
Fui aluna, sou encarregada de educação e sou funcionária no EIDH.,há já alguns aninhos (18), aqui creci,pois foi no EIDH que iniciei os meus estudos desde o 5º ano até ao 12º Ano, aqui vivi a minha infância, adolescência a minha juventude, construí o meu ser. Quero que os meus filhos tenham ensino de qualidade, quero que cresçam com confiança. A todos os filhos do EIDH vamos lutar e gritar em voz bem alta o EIDH é nosso.

Anónimo disse...

Jose Teixeira
Sou representante dos pais da eb1 de ruilhe e antigo aluno da Alfacoop, sempre aprendi a respeitar a escola que ne sei alguma da formação que hoje tenho por isso acho que quem manda no nosso pais deveria saber respeitar e apoiar o que de bom se faz pelo ensino e educação das nossas crianças ,porque um quero que o meu filho va estudar para aquela que considero a melhor escola do nosso destrito embora morando em ferreiros braga quero ver o meu filho feliz em ruilhe junto dos colegas ,junto da nossa escola que sera deles um dia .Uma palavra de força para o agrupamento horizontes do este pela trabalho realizado no nosso meu que tem sido um exemplo a seguir .
FORÇA ALFACOOP ,FORÇA RUILHE

Anónimo disse...

Estiveram atentos ao discurso do Presidente da República no dia 25 de Abril???

Ora leiam bem alguns dos excertos:

«É necessário que os agentes políticos se empenhem mais na prestação de contas aos cidadãos, que os portugueses conheçam e compreendam o sentido e os objectivos das medidas que vão sendo adoptadas, que exista clareza e transparência na relação entre o poder político e a comunidade cívica», acrescentou.

Cavaco Silva afirmou ser necessário que «exista uma clara separação entre actividades políticas e actividades privadas, que as situações de conflito de interesses sejam afastadas por imperativo ético e não apenas por imposição da lei».
Perante este cenário, o Chefe do Estado fez um apelo às «diversas forças políticas» para que, «ao invés de se ficarem apenas pelo que as divide», juntem «esforços e fazer obra em comum».
Nem de propósito!

Alguém sabe as razões para a extinção do agrupamento?
O Ministério da Educação deu alguma informação às comunidades envolvidas que sustente a sua tomada da sua decisão?
Mais uma vez deve ser uma decisão sustentada num estudo que ninguém conhece, nem a credibilidade de quem o fez (provavelmente um estudo de uma página e meia, semelhante a trabalhos de algumas cadeiras de certas universidades).
Em altura de 25 de Abril vou alterar uma frase do Zeca Afonso: O que faz falta é “arrebanhar” a malta … o que é preciso é apresentar números, seja em que condições forem. Cortar a eito. Façam bem o seu trabalho… ou não. Mais uma vez a medida é tomada e tudo é nivelado… por baixo.
Peço que os responsáveis do ME reflictam sobre as palavras do Presidente da República no seu discurso de Terça-Feira. Sobretudo quando essas palavras vêm de quem também já foi assim …

Avelino Cruz - Formador

Anónimo disse...

Uma Escola foi construída
Apostando na qualidade
Agora que foi ferida
Tem o opoio da comunidade.

Anónimo disse...

Durante anos foi estimulada,
A promover a Educação.
Agora que merecia ser apoiada,
Ferem-na sem compaixão.

Anónimo disse...

Tantos anos a cooperar
Dando exemplos de inovação,
Deixou também de interessar
À nossa Ministra da Educação

Anónimo disse...

Pelo passado… para o futuro!

Lecciono no Externato Infante D. Henrique há uns 5 gratificantes anos. Tem sido uma experiência enriquecedora, não só pela qualidade e quantidade de recursos disponíveis, pela organização das estruturas gestoras, pelo empenho e competência da comunidade educativa mas principalmente pelo gosto de ensinar e aprender que recorrentemente ouvimos de quem está e de quem esteve.

Por este meu percurso já tive oportunidade de experimentar vários papéis nesta escola, desde Professora, Formadora, Sub-Coordenadora a Encarregada de Educação. E por todas estas experiências, pelo que fiz e pelo que vi, só peço a que nos dirige que, em vez de somarem os números financeiros, ou de apresentarem outros fundamentos teóricos, venham cá conhecer o nosso projecto. Vejam o que por aqui se faz, o carinho que todos nós dedicamos dia a dia, o impacto social nas crianças desfavorecidas, a educação que damos às futuras gerações, e aí sim, verificarão que os argumentos em que se baseiam afinal já não fazem sentido.

Já lá vão alguns anos e ainda hoje me lembro da escola onde estudei, dos (bons) professores, dos (bons) funcionários, das (boas) instalações. Quando as melhores escolas são preteridas em prol de factores económicos (ou outros igualmente descabidos) penso e reflicto com mágoa que provavelmente os nossos filhos poderão não ter esta mesma felicidade…

Pelo passado que esta escola possui, pelo belo futuro que continuará a construir, vale a pena lutar!

Ana Rita Silva
Professora do Externato Infante D. Henrique

Anónimo disse...

Testemunho de um projecto em construção

Durante os vinte e um anos em que tenho vindo a leccionar no Externato Infante D. Henrique sempre mantive uma boa relação com as escolas do 1º ciclo, quer através da participação em actividades promovidas pela escola, quer através do estreitamento de laços de cooperação e amizade com os docentes dessas escolas. Foi na escola do 1º ciclo de Ruílhe que os meus filhos estudaram do 1º ao 4º ano, tendo ambos transitado para o Externato Infante D. Henrique com uma excelente preparação, que foi, posteriormente, desenvolvida e aprofundada no mesmo. Uma boa articulação entre o primeiro ciclo e os seguintes é potenciadora de casos de sucesso escolar. Refiro com orgulho o caso dos meus filhos, que sempre participaram com gosto nas actividades curriculares e extracurriculares promovidas pela escola, tendo ambos adquirido uma excelente preparação que se tem vindo a reflectir no seu desempenho escolar.
Quando falamos em casos de sucesso, não posso esquecer os casos de alunos com Necessidades Educativas Especiais e que são também resultado de um trabalho articulado e desenvolvido em conjunto com professores do 1º ciclo, do Externato, com o Serviço de Psicologia e professores do apoio educativo. Neste contexto, tivemos vários alunos, mas recordo-me com especial carinho da aluna Marinha, que quando chegou à escola, não falava com ninguém e não participava em nenhuma actividade. De salientar que esta aluna possuía conhecimentos muito limitados, não conseguia ler nem escrever e apenas conhecia alguns ditongos. Contudo, o trabalho desenvolvido pelos professores do 1º e 2º ciclos e pelo serviço de psicologia resultou numa melhoria significativa nos conhecimentos da aluna e na sua forma de estar e de conviver. A prova é que a Marinha todos os anos escreve um postal para o Director da Escola e para os seus professores que enche os corações de todos de alegria. Os professores retribuem e mantém-se assim uma ligação que reflecte a aproximação e amizade que se pode estabelecer ente professores e alunos.
Ao longo destes anos que leccionei no Externato Infante D. Henrique, participei em todas as actividades promovidas pelo mesmo, em articulação com as escolas do 1º ciclo e infantários do agrupamento “Horizontes do Este”.
Na comemoração do Dia Mundial da Criança, realizada desde há vários anos, colaborei em várias actividades tais como recepção aos alunos, professores e auxiliares de acção educativa; almoço com os alunos; actividades ligadas à área da matemática, onde foram utilizados materiais produzidos pelo professor responsável pelo projecto “Momentos de Matemática” e cuja manipulação foi sempre motivo de animação e entretenimento lúdico para os alunos. Estas actividades constituíram sempre um elo de ligação entre escolas, professores e alunos e serviram também como forma de fomentar nos alunos o gosto pela matemática, desde cedo.
Também participei no “Projecto Sementinha”, nomeadamente nas actividades ligadas à matemática, que pretendem estimular o raciocínio e a resolução de problemas, como forma de articulação entre as aprendizagens do 1º e 2º ciclos. Este projecto tem-se mostrado extremamente proveitoso para os alunos, na medida em que lhes incute o gosto pelo estudo e pela escola e os motiva para participarem em actividades que são simultaneamente agradáveis e educativas. Este tipo de actividades constitui uma ferramenta fundamental para a realização das aprendizagens futuras dos alunos que, sendo bem utilizada, é promotora de sucesso educativo.
Este meu testemunho pretende mostrar que a criação de um ambiente propício para a aprendizagem, que acompanhe os alunos ao longo do seu percurso escolar desde o jardim-de-infância até ao final do ensino secundário é essencial para que o ensinamentos possam ser transmitidos de uma forma sólida e vantajosa, levando, assim à construção de um conjunto de valores que permitem responder aos desafios colocados pela sociedade actual.


Maria do Sameiro Neves da Silva Ferreira Noversa Teixeira

Professora do Externato Infante D. Henrique

Anónimo disse...

Talent de bien faire
(Divisa do Infante D. Henrique)


A Escola em que estudei, a Escola em que cresci. A Escola em que preparei o futuro. A Escola em que aprendi a saber e a gostar de saber, em que aprendi a estar, em que aprendi a viver, e a ser.... A Escola que aprendi a chamar minha. É o que vejo todos os dias, logo ao virar da esquina. E quando por lá passo, paro um momento para pensar, e para relembrar. Porque é algo de que muitas vezes nos esquecemos, na pressa de seguir em frente: saber de onde vimos.
Eu certamente sei.
Sei porque sou grato. Sou grato à Escola, aos professores e aos meus colegas. Sou grato porque o conhecimento que adquiri é maior que aquele que alguma vez possa vir a adquirir. Porque, por mais longa que seja a caminhada, o mais importante é o início. Depois de dados os primeiros passos e de escolhido o caminho, é só seguir em frente. E os primeiros passos são dados em casa, na escola do 1º Ciclo e na escola básica (2º e 3º ciclos) e secundária.
E é por isso que é tão importante que as diversas instituições e pessoas que contribuem para a educação dos estudantes não sejam compartimentos estanques, mas antes peças integrantes de um todo global, dinâmico e diversificado que possa dar ao estudante tudo o que ele precisa. É por isso que é tão importante que os professores do 1º ciclo conheçam os alunos e os seus encarregados de educação, para se poderem inteirar da sua realidade, não só como alunos, mas também como pessoas. E é por isso que é importante que os professores do 1º ciclo tenham uma boa relação com os professores dos 2º e 3º ciclos, para que não se perca a continuidade do processo ensino/aprendizagem, e ninguém se perca durante a caminhada.
E, assim, compreende-se porque sobressai este agrupamento de Escolas de entre os demais. Porque trata com pessoas e não com números. Porque possibilita um ensino de excelência, uma “estrada” perfeita para a caminhada da aprendizagem. Porque aposta na diversidade e na cultura, na inclusão, na união, no estreitamento de laços e, acima de tudo, aposta nos alunos.
Quem teve o privilégio de estudar nas escolas deste agrupamento e no Externato Infante D. Henrique, como eu, teve acesso a tudo o que poderia desejar para singrar. As portas, aqui, estão sempre abertas. Existem os mais diversos recursos didácticos, apoio especializado, recursos multimédia, corpos docentes de qualidade singular, e um ambiente propício à aprendizagem. E eu pergunto: porque há-de tudo isto ser um privilégio para poucos? Não deveria antes ser um direito para todos? Porque pretendem privar as gerações futuras da qualidade de ensino? Não terão os pais o direito de desejar o melhor para o seus filhos? Porque não havemos de poder oferecer um ensino tão bom ou melhor do que o que nos foi oferecido? Será necessário pagar para ter o que deveria ser nosso por direito?
E entristece-me profundamente olhar para e Escola que me acolheu e saber que as pessoas a quem cabe o fardo do poder pretendem destruir o que a outros custou muito a construir. Entristece-me, porque a Escola a que me refiro não é um conjunto de edifícios, nem sequer os docentes e funcionários que lá trabalham, nem tão só os alunos que lá estudam. A Escola a que me refiro é tudo isto e mais, muito mais. É os pais e encarregados de educação. É a escola básica e secundária, as escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância e os seus alunos, professores e funcionários. É todos os que lá estudaram e todos os que lá estudarão. É toda a Comunidade, todas as pessoas que vivem e trabalham neste cantinho a que chamamos “Horizontes do Este”.
E por muito que nos queiram vendar os olhos, a verdade fala por si. E está à vista de todos. Basta abrir os olhos. O Ensino de qualidade gera sucesso escolar e cultural, que por sua vez geram sucesso profissional, social e económico. Tudo somado, o Ensino de qualidade está na base da formação de pessoas íntegras e respeitáveis, cidadãos conscientes e activos na vida social, cultural e política. O ensino é uma aposta no futuro. E é um investimento absolutamente necessário para garantir a continuidade de uma sociedade digna e do funcionamento da democracia.
Parem agora vocês um pouco, também. E pensem de onde vieram, e para onde caminham. Pensem no que seriam se não tivessem tido direito a uma educação de qualidade. Se a não tiveram, pensem onde poderiam ter chegado se tivessem tido. E agora pensem no que querem para os vossos filhos. Pensem nas mãos de quem querem delegar a continuidade da vossa obrigação de educação e formação para com eles. Pensem se será justo desvalorizar o trabalho e dedicação de todos aqueles que aqui se esforçam para lhes abrir o caminho e para os preparar para ultrapassar os obstáculos que possam surgir, na perseguição do objectivo que eles escolherem.
Quando na balança da política a justiça é o que menos pesa e na balança da justiça a política pesa mais do que a verdade resta-nos confiar na excelência. Tenho, por isso, fé que, independentemente das circunstâncias, o agrupamento “Horizontes do Este” e o Externato Infante D. Henrique prevalecerão. Tenho fé que as pessoas das localidades abrangidas por este agrupamento se juntarão e o defenderão. Tenho fé que o trabalho que aqui tem sido desenvolvido para a Comunidade será reconhecido e que esta retribuirá lutando por um futuro melhor para os filhos desta terra.

“Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.”
Constituição da República Portuguesa, artigo 74º, parágrafo 1


Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família cooperar com os pais na educação dos filhos.
Constituição da República Portuguesa, artigo 67º, parágrafo 2 c)


“Os pais e mães têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação (…).”
Constituição da República Portuguesa, artigo 68º, parágrafo 1


“Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.”
Declaração Universal dos Direitos do Homem, Artigo 26º, parágrafo 3


“Na realização de política de ensino incumbe ao Estado inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais.”
Constituição da República Portuguesa, artigo 74º, parágrafo 2 f)

Carlos Alexandre Noversa Teixeira

Ex-aluno do Externato Infante D. Henrique e da EB1 de Ruílhe

Anónimo disse...

É na escola que se formam as esperanças de qualquer país. É na escola que se preparam os cidadãos responsáveis de amanhã. É na escola que se lançam as sementes.
Fruto do esforço de um grupo de pais e professores, motivados pela ideia de construir um espaço educativo saudável e instigante, a Escola se fez. Passo a passo a Escola foi crescendo.
Certezas foram construídas ao longo dos anos de que vale a pena lutar por uma educação fundada no diálogo entre adultos e crianças, vale a pena acreditar e respeitar os interesses dos alunos, praticar uma pedagogia da cooperação, da autonomia, da livre expressão e do trabalho.

O Externato Infante D. Henrique é um espaço de gerações, meu pai fora aluno neste espaço, aqui construiu o seu conhecimento, aqui fez amizades que ainda perduram, amizades com aqueles que outroram foram meus professores e agora são meus colegas de profissão, aqui viveu o espírito de união, outrora fez parte deste lugar onde se constroem saberes.

Olho para a nossa escola e como ex-aluna vejo: um caminho feito de uma bela mistura de esforço e de esperança; uma escola onde os alunos e os projectos são a sua razão de ser; uma escola onde quem vem por vontade fica. Foi aqui que os trilhos do conhecimento iniciaram-se desde há muito, foi aqui que dei os primeiros passos em direcção ao saber. Vários patamares foram ultrapassados com o decorrer dos anos, foi neste mundo de saberes que construí parte do meu conhecimento, que os sonhos ganharam premência.

Agora como profissional sinto que estamos num momento especial, onde as transformações acontecem em turbilhão. A caminhada é solitária, e a mudança individual.
Manifesto o meu total repúdio pela abrupta extinção do Agrupamento com anos de história incomparáveis. A cada ano marcou percursos, renovou visões. Será que, numa conjuntura como a que vivemos hoje, podemos dar-nos ao luxo de perder tamanha jóia? Será justo para com a memória do Agrupamento desbaratar assim tão valioso labor? Será civilização, cosmopolitanismo, modernidade, destruir o nosso grande Agrupamento de escolas, sobretudo de um país como o nosso, tão faminto de referências educativas, culturais, de cooperação pedagógica?

A Escola mostrou-me que é um projecto, um sonho colectivo de profissionais que se reúnem porque acreditam em si mesmos e no potencial da escola, portanto acreditam na possibilidade de uma outra educação, e por isso persistem na luta, reunem forças para vencer os obstáculos. É necessário ter perseverança, não desistir no primeiro obstáculo, levantar após uma queda e principalmente traçar metas com bom senso. Muitas coisas se criaram ao longo da vida inteira mas nenhumas se comparam a esta Escola Pioneira.

Anónimo disse...

Possívelmente e na data presente o Agrupamento recebe a comunicação da sua extinção.
Não sei o que dizer mas sei que algo está mal neste país.
Querem acabar com um Agrupamente que oferece um serviço de qualidade, que faz uma articulação correcta entre os diversos ciclos e se preocupa com os seus alunos.
Só sei que assim nada vai bem neste país. A minha solidariedade com o Agrupamento e toda a sua comunidade educativa

Anónimo disse...

Da definição de TRISTEZA:
"Tristeza ou desgosto é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. É o oposto da alegria.
A tristeza pode ser originada da perda de algo ou de alguém que se tinha de muito valor.
É comum a tristeza ser descrita como algo amargo, ou como uma dor, ou como sentimento de incapacidade, ou ainda como algo escuro (trevas).

JOÃO

Anónimo disse...

As Histórias que se fazem amanhã!

Tenho lido atentamente todos os testemunhos que aqui vão sendo creditados. E, várias vezes, me tentei a soltar alguns dos meus pensamentos… Estruturei ideias, reflecti, li e voltei a ler, tentei serenar fúrias e racionalizar emoções. Li e senti testemunhos de emoção, de raiva, de contestação, de paixão, de motivação e todos eles têm um sentimento em comum… estão a mexer com aquilo que é nosso, há um claro sentimento de identidade!

Levantamo-nos todos os dias com objectivos, trabalhamos todos os minutos com paixão, fazemos aquilo que sonhamos, estamos com aqueles que gostamos, concretizamos a nossa missão e voltámos a sonhar. É a nossa vida, é a nossa casa, são as nossas histórias.

Todos os dias fazemos história, a história das nossas vidas, a história de outras vidas que também sentimos serem nossas… E como gostamos das histórias que aqui acontecem todos os dias, que crescem, que se desenvolvem, que nos trazem outras histórias… histórias que se fazem amanhã!

Quem conhece esta escola, quem participa(ou) neste projecto, quem ajuda(ou) a “escrever e a contar” todas estas histórias, não tem dúvidas do valor da unicidade deste projecto, da singularidade destas histórias, da força empreendedora, da qualidade que é visível e provocada a todo o instante.

Estas histórias são os nossos alunos… a nossa comunidade… os nossos professores… os nossos funcionários… os nossos responsáveis… os nossos pais… os nossos espaços… somos nós!
O testemunho que aqui quero gritar é simples: esta história não vai acabar! Não é certamente um despacho, nem tão pouco meia dúzia de iluminados, que vão fechar este livro.

Para todos aqueles que pulsam por este projecto, todos aqueles se emocionam com o trabalho, todos aqueles que se motivam com as dificuldades, lutem por estas histórias… sinto que vamos vencer, que vamos continuar a crescer e quando este temporal terminar, vamos poder observar o quanto mais fortes nos tornámos. E vamos continuar a luta incessante pela excelência.

A escola é um espaço natural de crítica e de crescimento. Aquilo que nos estão a tentar FORMATAR, é que devemos ser como os outros, que o tempo gasto parece ter sido tempo perdido, que a autonomia de que tanto se exalta, não passa de um número 115 (curioso: o antigo número das emergências), que devemos ser medíocres nas ambições, que devemos ter a palavra qualidade num aglomerado de papéis com a capa “projecto educativo”. E estão tão enganados!

Fácil é acabar com projectos que até no papel falharam; fácil é terminar com agrupamentos que de organização horizontal, só tinham mesmo o nome; fácil é formatar pessoas que não são críticas; fácil é terminar com projectos que nunca experimentaram o sucesso; fácil é terminar com a identidade de quem nunca a teve; fácil é decidir acriticamente do alto do poleiro de uma DRE; fácil é enviar uma carta, um fax, de ter medo de confrontar olhos nos olhos, a comunicar a extinção de um projecto; fácil é não comunicar razões para tal decisão; fácil é esconder a vergonha de uma decisão; fácil é não ter coragem para a defender; fácil é ser conservador; fácil é ser fácil e que o torna fútil!

Já viram como nós somos diferentes! Já sorriram como nós gostámos de ser diferentes!
Não é isto, o de ser falso e fácil, que o nosso projecto contempla. As histórias que aqui se escrevem e se contam, não são falsas nem fáceis.

Difícil neste país, é ser excelente; difícil neste país é querer a excelência; difícil neste país é desenvolver grandes projectos; difícil neste país é ser organizado; difícil é construir pessoas íntegras e sólidas; difícil é construir uma identidade e lutar por ela; difícil é estudar soluções, arrojar, ser diferente; difícil é dar resposta às necessidades de toda uma comunidade; difícil é de cuidar de todas estas pessoas!

E como gostámos de coisas difíceis!

Impossível é aturar a imbecilidade do poder central(izado) e da falta de competência(s) de quem (pensa que) manda neste país e como tal julgam ter o direito de usar e abusar do que lhes apetece. Se eles soubessem das histórias que se fazem amanhã…

E amanhã lá estamos nós! Firmes, sólidos, emocionados, a afinar uma identidade, a lutar um lugar de excelência, que já é nosso e que tantos invejam. Sintam-se imbatíveis, olhem com a humildade de todos os dias nos olhos dos nossos alunos e pensem na história que estão a escrever. Lembram-se das lutas desta escola? Lembram-se de como esta escola começou e como cresceu? Lembram-se do “comenius”? Não devemos desculpas a ninguém… este é um sentimento de humildade, de força e de revolta, de quem conhece valor do trabalho de anos e de quem conhece o odor desta terra. E como é único o odor desta terra!

Temos história! Esta é a nossa história! Vamos continuar a escrevê-la! Vamos lutar pelas histórias que se fazem amanhã!

Anónimo disse...

Este país está tomado de assalto.
querem impor a vontade política em nome do povo. dizia o poeta "o povo é quem mais ordena".Será?
Esta´na hora de fazer um manguito aos nossos políticas não queremos votar? Vamos mostrar o nosso descontentamento.