19 de abril de 2007

Argumentos apresentados pelo Conselho Executivo à DREN a fundamentar a continuidade do Projecto deste Território Educativo

Questionando a uniformidade do modelo organizacional proposto pela Administração Central por oposição à prática de desenvolvimento de Projectos e Dinâmicas Pedagógicas locais, os actores educativos – docentes, não docentes, pais e encarregados de educação e autarquias – constituíram-se como proponentes da constituição de um Agrupamento Horizontal “Horizontes do Este”, cuja homologação veio a acontecer a 22 de Maio de 2001.
A sua constituição surgiu desde logo como excepção, uma vez que integrava Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância de três Concelhos – Braga, Barcelos e V.N. Famalicão – e assumia desenvolver a sua Verticalidade e Sequencialidade Pedagógica com o Externato Infante D. Henrique (Escola Cooperativa da área de influência pedagógica redefinida em 21 de Novembro de 2001).
Se antes da constituição formal deste Território Educativo se registavam evidências de Projectos Pedagógicos conjuntos, posteriormente à sua homologação, as evidências dão lugar à prática sistemática de Projectos Pedagógicos cada vez mais amplos e versáteis, permitindo às crianças deste território educativo desenvolver em igualdade de oportunidades o acesso e o sucesso da Escolaridade Obrigatória, do Ensino Secundário, dos Cursos de Educação e Formação e Percursos Alternativos … enfim, o Planeamento e Acompanhamento necessários à entrada de cursos universitários ou de inserção na vida profissional.
Não obstante a obrigatoriedade de nos mantermos Organizações Educativas distintas e de construirmos Projectos Educativos próprios, assumimos uma implicação e uma responsabilização conjunta em assegurar às crianças e jovens deste Território Educativo um percurso escolar vertical. A postura conjunta de implicação e responsabilização é assegurada nos encontros de planeamento, desenvolvimento e avaliação, realizados periodicamente entre os órgãos de Administração e Gestão do Agrupamento e os órgãos do Externato Infante D. Henrique. A prática desta implicação e responsabilização reflecte-se no Plano de Actividades Anual que procura operacionalizar os princípios e as aprendizagens de um Projecto Educativo Pedagógico e Sequencializado. É neste patamar da prática pedagógica partilhada entre o Agrupamento “Horizontes do Este” e o Externato Infante D. Henrique, que destacamos algumas das dimensões desenvolvidas entre o ano lectivo 2001/2002 até ao presente ano lectivo:
- Articulação Pedagógica Vertical
- Seminários sobre a Língua Portuguesa – envolvendo todos os professores do 1º ciclo e 5 ano de escolaridade:
. Comparação dos resultados da avaliação final do 4º ano com os resultados da avaliação diagnóstica do 5º ano;
. Apresentação dos programas do 1º ciclo e do 5º ano;
. Aferição de conceitos e linguagens;
. Elaboração de provas conjuntas;
. Discussão e reflexão sobre estratégias a adoptar.
- Seminários sobre Matemática – Foram desenvolvidos nos mesmos moldes da Língua Portuguesa;
- Participação permanente dos Serviços de Psicologia do Externato Infante D. Henrique no Conselho de Docentes do Apoio Educativo do Agrupamento – Identificação de situações de diagnóstico, intervenção, acompanhamento, definição conjunta de estratégias de intervenção pedagógica, preparação de processos de transição e identificação de percursos alternativos
- Actividades Curriculares Coadjuvadas por docentes do 1º e 2º ciclos
- Projecto Sementinha – enquadra-se nos objectivos do conhecimento prévio das disciplinas e dos docentes que recebem os alunos no 5º ano; da experimentação e desenvolvimento vocacional dos alunos do ensino básico; conhecimento de espaços e materiais - envolve todos os alunos do 4º ano e realiza-se entre os meses de Março e Junho;
- Actividade Física – envolve todas as crianças do Agrupamento no desenvolvimento de capacidades físicas, desportos colectivos numa perspectiva de transição ciclo;
- Ciência em Acção – envolve todas as crianças do 3º e 4º anos de escolaridade desenvolvendo temáticas do currículo do 1º Ciclo, recorrendo a estratégias experimentais e promovendo intervenções no meio ambiente local;
- Intervenção e articulação com crianças de NEE – envolve todas as crianças do Agrupamento na partilha de serviços de psicologia do Externato Infante D. Henrique nas situações de diagnóstico, intervenção e acompanhamento;
- Formação Contínua de Professores
- No âmbito dos Projectos: Ciência em Acção, Educação Física e crianças com NEE – todos os docentes;
- Expressões artísticas – envolvendo 20 docentes;
- Danças na escola – grupo de 10 docentes;
- Oficina sobre bibliotecas escolares – 12 docentes;
- Internet / Informática – 2 grupos de 15 docentes;
- Organização e participação em seminários sobre temáticas diversas.
- Actividades Comemorativas Conjuntas
- Campanhas de solidariedade – Cabaz de Natal e visita do “Pai Natal” às Instituições escolares do Agrupamento;
- Comemoração do Natal – Jantar convívio entre funcionários das duas instituições;
- Dia Mundial da Criança com organização conjunta;
- Semana do cinema Francês dirigido aos alunos do 4º ano;
- Encontros de leitura – com alunos do 3º, 4º e 5º anos de escolaridade;
- Dia internacional da pessoa com deficiência.
- Trabalho Cooperativo de Imprensa
- Colaboração de técnicos do Externato na elaboração de design gráfico ( logótipo, calendários, blocos, anuários, programas, desdobráveis,…)
- Protocolos de Estágios Profissionais
- O Agrupamento protocolou com o Externato Infante D. Henrique locais de estágio para cursos de Educação e Formação na área de “Acompanhantes de Crianças”.
- Apoio Logístico
- Cedência de instalações para desenvolvimento de actividades de apresentação de projectos, seminários e encontros com elementos da comunidade;
- Apoio técnico e material à rede informática do Agrupamento;
- Cedência de transportes necessários aos projectos do Agrupamento.
A par desta Verticalidade e Sequencialidade Pedagógica, o Agrupamento, num processo crescente de autonomia, desenvolve internamente um conjunto de actividades e projectos( A minha Escola adopta um autor, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian; A feira gastronómica; A Biblioteca do Agrupamento; A Assembleia de Alunos; Financiamento do Plano Nacional de Leitura…) que não são aqui referenciados exaustivamente, uma vez que, neste momento, queremos enfatizar o trabalho em verticalidade com o Externato Infante D. Henrique. Não obstante este facto, não podemos deixar de registar a existência destes projectos, também eles direccionados para um processo de aprendizagem amplo, alicerçado no combate às problemáticas pedagógicas identificadas no Projecto Educativo.
Na perspectiva de que boas práticas reflectem bons resultados e de que os processos indiciam os fins, salientamos algumas mudanças de relevo num percurso existencial de 6 anos em Agrupamento:
- Melhoria dos resultados académicos dos alunos com uma taxa de 13% de retenções no ano lectivo de 2001/2002 para uma taxa de 5% no ano lectivo transacto;
- Diminuição das taxas de absentismo escolar;
- Articulação pedagógica com o 2º Ciclo;
- Aproximação e conhecimento dos diferentes níveis de ensino;
- Melhoria das práticas pedagógicas e diversificação de estratégias;
- Melhoria do trabalho colaborativo e em rede;
- Valorização do sentido de pertença e de identidade;
-Melhoria dos níveis de intervenção e participação dos elementos da comunidade educativa;
- Valorização de uma organização formal sistemática e exigente;
- Maior rigor e transparência no processo educativo;
- Constatação da intermunicipalidade como valor acrescentado;
- Desenvolvimento de dinâmicas e parcerias pedagógicas;
-Maior adequação de respostas a problemas sociais locais articulados com diferentes parceiros.
Não obstante o impedimento de nos alongarmos quanto à fundamentação da continuidade deste Território Educativo e à subjectividade ou emoção contidas nas palavras de quem procura pressupostos ou premissas eficazes à fundamentação, propomos novamente uma constatação presencial. Ainda, no sentido de contornar a subjectividade da defesa deste Território, citamos algumas expressões colhidas através de um instrumento de avaliação aplicado apenas aos docentes que se encontram colocados neste Agrupamento pela primeira vez, a quem perguntámos o que encontravam de diferente. Dentro das respostas salientamos as expressões: “articulação vertical”; “sequencialidade pedagógica”; “projectos pedagógicos estruturantes”; “Agrupamento com rosto”; “actividades inovadoras”… É a partir desta Identidade Pedagógica e para o interior Dela que fundamentamos a Nossa existência e projectamos o Nosso Futuro que se construirá, entre outras premissas, pelo desenvolvimento de novos projectos, cada vez mais exigentes, partindo do pressuposto de que as sementes para a sua consolidação estão lançadas.
O não respeito por esta identidade e a decisão de extinguir este Agrupamento, pode acarretar consequências imediatas como:
-Espartilhar de uma unidade educativa e pedagógica em três Agrupamentos já constituídos;
-Desmotivação na prática da inovação pedagógica;
-Interrupção abrupta do continuo percurso escolar assegurado pelo Agrupamento e pelo externato Infante D. Henrique, assegurado desde o Pré-escolar à Universidade ou Integração Profissional;
-Obrigação de mudança dos percursos escolares, a partir do 9º ano de escolaridade;
-Relação de proximidade e envolvência com os Órgãos de Gestão e de Administração;
-Suspensão do Projecto Educativo;
Por estas e outras razões, este Agrupamento deve ser considerado como excepção e esta deve ser considerada como referência a um outro caminho para confirmar a regra da Verticalidade.

Cambeses, 2 de Abril de 2007

A Presidente do Conselho Executivo

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Maria de Fátima da Mota Teixeira Pinto

5 comentários:

Anónimo disse...

É de facto preocupante a decisão que se pretende tomar à margem dos interesses da comunidade educativa deste território educativo. Desde que conheço o Externato (1998) que considero esta prática educativa e social como um exemplo a seguir. De facto, tendo estudado no D. Maria II desde o 7º ao 11º ano sempre considerei que havia muitos aspectos a melhorar não só no que respeita a espaços e equipamentos físicos (tais como laboratórios) mas principalmente a nível do relacionamento interpessoal existente.
Um pouco desanimada com tudo isto optei por frequentar o 12º ano no Externato Infante D. Henrique. Foi neste momento que percebi que é possível fazer amizades também com os docentes que para além de ensinar têm como função educar. Durante este ano lectivo criei uma estima muito elevada em relação aos docentes do meu conselho de turma e melhorei a minha forma de estar nas aulas e com os outros.
A primeira vez que tive oportunidade de conhecer os equipamentos físicos desta escola pensei para mim mesma “Tenho que leccionar aqui”. De facto, os laboratórios novos e equipados com tudo o que é necessário para uma aula prática, um auditório e salas equipadas com novas tecnologias era uma completa novidade para mim que fazia aulas práticas num anfiteatro adaptado. ..
Já formada e após uma experiência no oficial (estágio integrado) tive a felicidade de ser chamada para leccionar Física e Química no Externato em 2004. Integrei esta comunidade em Outubro quando a prática lectiva já havia começado. Foi ao longo deste ano que me pude aperceber que o ideal desta comunidade educativa é fundamentalmente a inovação pedagógica, igualdade de oportunidades bem como o acesso e o sucesso da Escolaridade Obrigatória e do Ensino Secundário. Desde logo fiz parte de uma equipa que trabalha com alunos de NEE, tendo feito um esforço para contactar com os professores do 1º ciclo do Agrupamento no sentido de alcançar alguns resultados positivos. Tive ainda oportunidade ao longo dos últimos três anos de receber alunos das escolas básicas do 1º ciclo, no âmbito do projecto sementinha e dar a conhecer algumas das actividades que se desenvolvem aqui no sentido de possibilitar uma integração e sequencialidade entre os ciclos.
Muito mais poderia dizer sobre as vantagens de o Agrupamento continuar o que permitirá manter um trabalho em parceria com o externato. No entanto, só quem convive com esta realidade educativa tem presente, os benefícios que este agrupamento e prática pedagógica partilhada podem trazer para os alunos deste território educativo.

Anónimo disse...

Conheço, naturalmente, o bom que é feito neste agrupamento de escolas e conheço naturalmente bem o mau que é feito noutro(s) agrupamento(s), nomeadamente público(s) (por coincidência). A riqueza e proficuidade do trabalho do Agrupamento de Escolas Horizontes do Este vê-se não só no documento que está aqui estampado mas sobretudo no trabalho (que é público e notório) que se faz todos os anos lectivos no terreno. A minha filha estuda numa escola do 1º Ciclo do concelho de V.N. de Famalicão que está integrada num agrupamento público vertical. Talvez seja caso único no concelho ou no país mas na escola da minha filha não há aulas de educação física regulares. Na escola que frequenta nunca constou que qualquer professor da "escola-mãe" lá viesse fazer uma única experiência científica ou tivesse a oportunidade de participar em actividades artísticas ou recreativas (exceptuando a festa de Natal e o desfile de carnaval). Apesar do esforço dos bons profissionais que a escola da minha filha possui nunca se ouviu falar de verdadeira articulação pedagógica ou prática pedagógica partilhada.
Provavelmente é este tipo de agrupamentos que os nossos políticos tecnocratas querem.
E, por isso, talvez seja oportuno recuperar um slogan do Partido Socialista utilizado em 1995 contra o cavaquismo: "as pessoas não são números". As crianças e os adolescentes (e os respectivos pais) não podem ser tratados como simples algarismos que ilustram qualquer déficit ou PIB cor-de-rosa. A Educação é uma coisa séria. E a prova está no trabalho sério desenvolvido pelo Agrupamento de Escolas Horizontes do Este. Que, pelos vistos, alguns tecnocratas não levam a sério!

Anónimo disse...

No ano lectivo de 1999/2000, ainda o Agrupamento de Escolas Horizontes do Este não tinha sido constituído, um grupo de professores do Departamento de Ciências Físicas e Naturais do Externato Infante D. Henrique iniciou a colaboração com as escolas EB1 de Cambeses, Ruílhe e Nine, solicitando a sua participação na apresentação de uma candidatura ao Programa Ciência Viva da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica- IV Concurso.

O Projecto Ciência Viva apresentado foi elaborado no âmbito das Ciências Experimentais com aplicação aos alunos do 1º Ciclo. Tendo em conta que muitos dos alunos destas escolas naturalmente seriam colocados no Externato Infante D. Henrique achamos interessante e importante colaborar com os professores do 1º ciclo no desenvolvimento de actividades experimentais e na melhoria da sua literacia científica. Seria também uma forma de iniciarmos o desenvolvimento de algumas competências, ampliadas depois nas disciplinas na área das Ciências da Natureza do 2º Ciclo, facilitando a estes alunos a transição entre dois ciclos diferentes.

Após a aprovação do projecto apresentado foram dinamizadas, com os pequenos alunos, actividades de carácter experimental sempre acompanhadas pelo normal entusiasmo com que os alunos encaram a realização deste tipo de actividades.

A partir desta altura nunca mais interrompemos esta colaboração que continuou a ser desenvolvida e dinamizada no âmbito do projecto Ciência Viva inicial e outro entretanto proposto e aprovado, denominado “ Ambiente e Tecnologia – Aplicações Práticas na Sala de Aula - do V Concurso Ciência Viva, alargando as suas actividades a todas as escolas do recente formado Agrupamento de Escolas Horizontes do Este.


A experiência desta colaboração foi tão produtiva que o Externato Infante D. Henrique criou um projecto interno, denominado “Ciência em Acção”, que promoveu, junto de alunos e professores das escolas do referido agrupamento, actividades experimentais, acções de formação, colóquios e exposições conjuntas, criando laços pedagógicos e afectivos.
Desta forma, no ano lectivo 2005/2006, o Externato Infante D. Henrique, candidatou-se novamente ao Programa Ciência Viva –VI Concurso Nacional, do qual resultou a aprovação de três projectos, “ Centro de Ciência e Educação Ambiental”, “ Clube de Ciência” e “LabMat”, que tinham como um dos grandes objectivos a dinamização de inúmeras actividades com os alunos das escolas do 1ºciclo do Agrupamento.
O Projecto Ciência em Acção planificou, com base em todos os recursos que foi adquirindo, juntamente com as coordenadoras do 4º ano de cada escola do agrupamento, a realização de actividades experimentais para todas as unidades lectivas de Estudo do Meio relacionadas com as Ciências Naturais e Físico-Químicas.


Todas as actividades realizadas, ao longo destes anos tiveram sempre em conta as necessidades básicas requeridas no 2º ciclo para uma boa aquisição de competências. Os efeitos desta nossa acção foram sendo sentidos ao longo do tempo, verificando-se uma evolução francamente positiva, da qual se destacam os resultados obtidos pelos alunos, neste ano lectivo, concretamente no 2º ciclo, na disciplina de Ciências da Natureza, na qual apresentaram um sucesso de 90%.

Porque acabar então com uma colaboração que se vem desenvolvendo e que têm dado provas da sua validade? Sentimos que é uma penalização! Mas porquê? Por ter desenvolvido um trabalho positivo?




O Departamento de Ciências Físicas e Naturais do Externato Infante D. Henrique

Anónimo disse...

Penso que é comummente aceite por todos que as mudanças sucessivas de escola contribuem para o insucesso escolar dos alunos. Então, um dos objectivos do Estado deverá ser o de promover a integração vertical das escolas, diminuindo a necessidade de os alunos mudarem de escola, o que os obriga a ter de se adaptar com frequência a outras comunidades e a outros climas escolares.
Assim sendo, poder-se-á concluir que a manutenção do Agrupamento de Escolas Horizontes do Este contribui para o sucesso escolar dos alunos, permitindo um esquema, em anos de escolaridade, de 4 + 8, ou seja, apenas uma mudança de escola até ao 12.º ano. Em contrapartida, a extinção do agrupamento implicará um esquema de 4 + 5 + 3 ou mesmo de 4 + 2 + 3 + 3 (duas ou três mudanças de escola), contribuindo assim para a diminuição do sucesso dos alunos.
A expressão “sucesso escolar” baseia-se, normalmente, num conjunto de indicadores quantitativos, como sejam a percentagem de aprovações por ano de escolaridade ou a média obtida nos exames nacionais. Mas o sucesso escolar é mais do que isso e tem muito a ver com a função socializadora da escola. Numa escola aberta a várias classes sociais, como é a actual, esta função assume uma importância crescente na promoção do sucesso escolar dos alunos.
O Externato Infante D. Henrique sempre respeitou a diversidade de experiências sociais e familiares dos seus alunos, privilegiando valores como a democracia, a justiça, o respeito pelos outros e pelo ambiente, a cidadania. E a prova de que estes valores são aceites e interiorizados pelos alunos é o facto de não se verificarem os chamados “comportamentos desviantes”, que também são comummente relacionados com o insucesso escolar.

Eugénia Carvalho, professora do Externato Infante D. Henrique

Anónimo disse...

Como docente do 5º grupo do Externato Infante D. Henrique, tenho ao longo destes anos desenvolvido diversos projectos de parceria com o Agrupamento Horizontes do Este nomeadamente:
a)Projecto Sementinha.
b)Pintura mural na biblioteca (sede do Agrupamento)
c)Apoio artístico (actividades de complemento curricular na escola do 1º ciclo da freguesia de Tebosa.
d)Formação dada a todos os educadores e professores do 1º ciclo do Agrupamento na reciclagem do papel na perspectiva de uma educação ambiental.
e)Colaboração com os educadores de infância e professores do 1º ciclo do Agrupamento na orientação do desenvolvimento da actividade (reciclagem de papel) na sala de aula.
f)Dia Mundial da Criança.
g)Recepção, acolhimento e orientação de todos os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, nas diversas actividades promovidas e realizadas no Externato Infante D. Henrique.
Porque acredito neste projecto, e a escola faz-se de projectos, é com grande mágoa que vejo o Ministério/ D.R.E.N propor-se terminar com este Agrupamento Horizontal.
De todas as actividades realizadas em parceria com o agrupamento, julgo, enquanto docente, estarmos a perder (a desperdiçar) uma educação para a excelência com o desaparecimento deste Agrupamento. Importa realçar que os maiores beneficiados com todas estas actividades são os alunos, porque se contribui para uma educação plural, integral, moral dos mesmos e se promove uma formação/colaboração entre toda a comunidade educativa.
Aqui fica um repto para o Ministério da Educação/D.R.E.N.:
- São apenas razoes economicistas que levam à extinção de um Agrupamento, quando este tem desenvolvido actividades de excelência? Ou serão só razões partidárias?
- Se hoje mais do que nunca, se fala em autonomia da educação, não estará o ministério/D.R.E.N. com a extinção do Agrupamento, a retirar autonomia educacional/territorial?
- O que vão dizer aos pais/encarregados de educação se a escola que iria acolher os seus filhos deixar de o fazer?
- Onde está a liberdade de escolha do estabelecimento de ensino que vem defendido na lei de bases do sistema educativo?
Estas são algumas das questões que gostaria de ver respondidas por quem de direito.

Luís Alberto Pinto da Silva, professor que tem desenvolvido diferentes actividades ao longos destes anos em parceria com o agrupamento Horizontes do Este
e
Pai de dois alunos do Agrupamento Horizontes do Este